quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Atos 20. 7 - 12

A reunião...

Os cristãos estavam naquele cenáculo, no primeiro dia da semana (domingo), com a finalidade de ‘partir o pão’, era uma reunião específica para lembrar a morte do Senhor até que Ele venha (1 Coríntios 11.26).

O apóstolo Paulo estava ‘entre eles’ com a mesma finalidade. Eles não estavam ali para ouvir Paulo, mas para ‘partir o pão’.

Teríamos muito proveito em nos deter neste tão precioso assunto que é o partir do pão e seus significados, mas o objetivo do assunto é outro.

A oportuna presença de Paulo, e talvez não houvesse outra, foi que levou o apóstolo a dirigir ‘um prolongado discurso’ aos privilegiados ouvidos que o ouviam.

Não estavam reunidos em segredo ou em trevas – havia muitas lâmpadas para iluminar o local onde estavam reunidos.

O Cenáculo...

Este local era no terceiro piso (vs.9).

Em 2 Coríntios 12 o apóstolo não menciona ‘eu’ quando esteve no terceiro céu, e sim diz: “conheço um homem”.

Na assembléia não deveria haver lugar para o “eu”. O verdadeiro conhecimento desse lugar elevado nos faz excluir o ‘eu’.

Cada época da história da Igreja ilustra e demonstra a verdade do fato de que o ‘EU’ com as suas obras odiosas tem sido a causa de toda contenda e divisão. Por outro lado, o negar-se a si mesmo e aos interesses egoístas é o verdadeiro segredo da paz, harmonia e amor fraternal.

“As muitas lâmpadas”, que são as verdades dadas por Deus para nos iluminar, o homem as tem apagado com os seus interesses egoístas.

O sono...

Porém, a presença e as exortações do apóstolo não foram suficientes para impedir o sono de pelo menos um dos ouvintes!

A queda de Eutico foi consequência da sua distração.

Não foi por falta de luz que lhe sobreveio o sono.

Eutico caiu desse lugar em decorrência de uma coisa “lícita” (1 Coríntios 10.23).

Na parábola do trigo e do joio, o joio foi plantado enquanto os homens “dormiam” (Mateus 13.25).

Sempre damos desculpas para nossas negligências espirituais fazendo uso de coisas lícitas.

Cuidado! Toda queda começa por coisas lícitas.

A frase: “o prolongado discurso de Paulo” deve ser para nós motivo de ânimo e não de desânimo, pois este “prolongado” quer dizer que o Senhor sempre falará.

A Graça que restaura...

Paulo desce do cenáculo ao lugar onde Eutico estava caído, inclina-se sobre o jovem, abraça-o e diz que sua alma nele está. Portanto, não se tratava aqui senão de restabelecer a relação entre a alma e a organização física. Mas em outros casos semelhantes a alma foi obrigada a regressar ao corpo.

Temos que reconhecer nossa queda e saber que a Graça pode restabelecer e colocar todas as coisas nos seus devidos lugares.

O jovem Êutico foi restaurado e retornou ao lugar onde estava antes de sua queda.

As verdades da Bíblia concernentes à Igreja, tal como foi estabelecida no princípio, permanecem as mesmas.

Normalmente o tempo faz com que as coisas evoluam, exemplo: a ciência, a tecnologia, etc., mas nas coisas do Senhor sempre foi ao contrário. - Êxodo 32.7,8 – Eclesiastes 7.29.

Novamente, na parábola do joio e do trigo vemos o Senhor anunciando a queda de uma coisa que ainda estava por vir!

Temos mais de dois mil anos de Cristianismo e o que vemos hoje nada tem a ver com aquilo que foi estabelecido no princípio!

Êutico...

Este nome quer dizer: ‘afortunado’!

Irmãos, cada um de nós é um Eutico (2 Coríntios 8.9), um privilegiado por ser salvo pela grandiosa obra de Nosso Senhor Jesus e também por receber as verdades de todas as bênçãos que concernem a cada cristão e à Igreja.

Que possamos valorizar tudo isso!

E lembre-se: cuidado com ‘o sono’!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Capacidade e Dom

Capacidade é natural e o dom é espiritual.
É um principio totalmente falso que os dons naturais sejam eles mesmos a justificação de seu uso.
Os cristãos têm perdido sua influencia moral ao introduzir, nas coisas do Senhor, a natureza e o mundo como coisas inócuas.
Todas as coisas me são licitas. Porem, não podemos misturar a carne e o Espírito.
Assim também é importante compreender a diferença entre sacerdócio e dom.
São duas coisas distintas. Um sacerdote vai a Deus em representação do povo; aquele que exerce seu dom vai ao povo em representação de Deus.

sábado, 9 de outubro de 2010

"Chaves" que ajudam conhecer a Bíblia

“Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” 2 Timóteo 3.16
Meu desejo neste comentário não é ofuscar a maravilha desta verdade de que “Toda Escritura é inspirada...”, mas ressaltar alguns pontos na própria Escritura que nos ajudam a “manejar (dividir) bem a Palavra da Verdade.” 2 Timóteo 2.15
1 - As sete festas de Jeová
Somente três das sete festas anuais de Jeová, de Levítico 23, serão conservadas:
A Páscoa, a Festa dos Pães Asmos, e a Festa dos Tabernáculos.
Não serão mantidas:
A Festa das Primícias e a Festa do Pentecostes (festas celebradas no primeiro dia da semana). Elas falam da dispensação cristã que não está conectada com a bênção terrenal de Israel.
Também não serão mais observadas:
A Festa das Trombetas e o Dia da Expiação, pois uma vez que o pecado de Israel, por haver se apartado do Senhor, estará julgado e confessado e eles restaurados à sua terra, o Senhor nunca mais trará à tona a questão da infidelidade do povo, que era o assunto para o qual essas festas apontavam. Tudo estará perdoado e esquecido para sempre. Ez 45.18-25; Zc 14.16.
Um detalhe...
O Milênio será como um longo dia sem noite. A luz da glória do Senhor será derramada da Jerusalém celestial com tamanho fulgor que mesmo a noite não será totalmente escura. A luz da Lua irá também brilhar tanto quanto o Sol. Zc 14.6,7; Is 4.5,6; 30.26; 60.19,20; Gn 2.1,2; Ap 21.23,24; Compare com Êx 13.21.
Haverá um sacrifício matinal perpétuo, como nos dias de outrora (Nm 28.3,4), mas não haverá o sacrifício da tarde, pois não haverá mais noite. Ez 46.13-15.

2 - As setenta semanas de Daniel
Para a cronologia do lapso de tempo entre o Velho Testamento e o Novo, nós temos que considerar as 70 semanas de Daniel 9.24.
Como uma destas “semanas” de anos se refere ao futuro, permanecem 69 “semanas”, quer dizer 483 anos, considerando “desde a saída da ordem para restaurar e edificar” não o templo, mas a cidade de “Jerusalém”. Permissão para fazer isto foi dada a Neemias por Artaxerxes 1 no vigésimo ano do seu reinado; o estado de desolação no qual Neemias achou a cidade na sua chegada é dado em consideráveis detalhes. Verso 26 de Daniel 9 mostra que as sessenta e nove semanas não terminam antes da manifestação do Messias para Israel (João 1.31), talvez nem mesmo antes da Sua morte, indo porem, até a destruição de Jerusalém.

3 - As parábolas de Mateus 13
Refere-se ao “reino dos céus”, é o terreno (a esfera) onde se encontram os que professam o Nome de Cristo, este terreno abrange os verdadeiros e os falsos.
Não é um tempo onde o julgamento do mal é realizado.
Não devemos confundir o “reino dos céus” com a “assembléia”, pois nela o mal deve ser julgado sempre.

4 - Cartas as “sete igrejas” de Apocalipse capítulos 2 e 3
Eram sete igrejas existentes na Ásia. Cada uma teve, particularmente, através das cartas do apóstolo João, suas reprovações e seus louvores e estas cartas foram escritas pelo apóstolo no mesmo período uma das outras.
Elas representam para nós “o tempo do testemunho do Senhor neste mundo”, e abrange o mesmo período da dispensação da graça.
Cada igreja refere-se a um tempo dentro deste período e elas devem ser consideradas pela mesma ordem que se encontram.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Balaão

Ele foi contratado por Balaque, rei de Moabe, para amaldiçoar Israel, mas Deus o compeliu a abençoar em vez de amaldiçoar Seu povo escolhido. Embora ele falasse piamente, seu coração estava evidentemente fixo em obter a recompensa de Balaque (Judas 11).
O anjo de Jeová o resistiu, e ele foi reprovado pelo seu asno, contudo lhe foi permitido seguir o seu caminho.
Embora compelido por Deus para abençoar Israel, ele muito traicoeiramente aconselhou Balaque para seduzi-los através das mulheres moabitas (Números 31.16) que os conduziu a total idolatria (Números 25.1-2).
Após Israel ter sido punido por seu pecado, eles foram vingados em Moabe e no meio dos mortos estava Balaão (Números 31.8).
Em Josué ele é chamado de ‘adivinho’, e quando ele esteve com Balaque ele buscou encantamentos (Josué 13.22).
Em Números 23.15 as palavras ‘o Senhor’ foram acrescentadas pelos tradutores.
O capitulo 24.1 diz que ele não foi esta vez como antes (ou, outras vezes) ao encontro de agouros (encantamentos). Mas ele foi dominado por Deus.
Nas passagens do Novo Testamento ele é colocado como exemplo de maldade e apostasia.
2 Pedro 2.15 - Judas 1.11  - Apocalipse 2.14

 

Dispensação

O significado da palavra ‘dispensação’ no Grego é o mesmo que ‘economia’ ou ‘administração de uma casa’ sendo, portanto, uma certa maneira de Deus tratar com o homem na administração variada dos Seus desígnios em diferentes épocas.

Existem três principais dispensações: Lei, Graça e Milênio, das anteriores: Inocência, Consciência, Governo e Promessa não é correto chama-las de dispensações e sim de tempo, era, período, ou algo semelhante.

1 Inocência
Responsabilidade: Não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.
Fracasso: Comeram.
Juízo: Morte e a maldição sobre toda Terra.
Início: Criação do homem. Gênesis 2.26-31, sexto dia.
Término: Queda do homem. Gênesis 3.
Duração (tempo): Desconhecido.

2 Consciência
Responsabilidade: Obedecer a Deus com base na consciência.
Fracasso: Corrupção total da humanidade.
Juízo: Dilúvio.
Início: Quando Adão foi posto fora do Éden.
Término: Dilúvio.
Duração: 1.656 anos.

3 Governo
Responsabilidade: Multiplicar e Povoar toda a Terra.
Fracasso: Desobedeceram.
Juízo: Confusão de línguas - Babel.
Início: Após Noé sair da arca com sua família. Gênesis 9.
Término: Chamamento de Abrão. Gênesis 12.
Duração: 427 anos.

4 Promessa
Responsabilidade: Morar em Canaã.
Fracasso: Moraram no Egito.
Juízo: Escravidão no Egito.
Início: Chamamento de Abrão. Gênesis 12.
Término: Entrada dos filhos de Israel em Canaã.
Duração: 430 anos

5 Lei
Responsabilidade: Guardar a Lei.
Fracasso: Violaram a Lei e rejeitaram o Messias.
Juízo: Dispersão por entre as nações.
Início: No deserto, após terem passado o Mar Vermelho.
Término: Rejeição do Messias (o Cristo – o Senhor Jesus)
A destruição de Jerusalém foi a ação judicial - por assim dizer - que demarcou o seu fim, e consequentemente a dispersão dos judeus.
Duração: 1.520 anos.

6 Graça
Responsabilidade: Crer no Evangelho da Graça de Deus – Receber ao Senhor Jesus pela fé.
Fracasso: Rejeitaram o Senhor Jesus.
Juízo: Condenação eterna – Inferno. João 3.18,36. (Veja também A Grande Tribulação).
Início: Dia de Pentecostes em Atos 2. A vinda do Espírito Santo. A morada do Espírito Santo no crente é o que caracteriza esta dispensação.
Término: Dia do arrebatamento. A vinda do Senhor Jesus para os Seus santos.
I Tessalonicenses 4.13-17 - “Num momento, num abrir e fechar de olhos...” I Coríntios 15.52
Duração: Até hoje, tem durado aproximadamente 2.000 anos.

7 Milênio
Responsabilidade: Obedecer e a adorar a Cristo.
Fracasso: Rebelião.
Juízo: Inferno.
Início: A vinda do Senhor Jesus nos ares com os Seus santos.
Término: Satanás será solto e haverá a última rebelião – Gogue e Magogue (Apocalipse 20.7,8).
Duração: 1.000 anos.