quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Essa é uma palavra que está relacionada com a palavra ‘crer’, e na verdade as duas não podem ser separadas.

No Velho Testamento a palavra ‘fé’ é pouco mencionada, creio que somente duas vezes, em contraste com o Novo Testamento onde ocorre mais de duzentas vezes.

A primeira vez que isso ocorre no Velho Testamento é quando se diz sobre Abraão que "ele creu no Senhor, e isto lhe foi imputado para justiça" (Gênesis 15: 6). Isso é falado em Romanos 4.24 onde a fé do crente é imputada como justiça, ou seja, quem crer Naquele que ressuscitou o Senhor Jesus dentre os mortos, a justiça lhe será imputada.

Pode ser chamada de fé salvadora. É a confiança em Deus fundada na Sua palavra; é acreditar em uma pessoa, como Abraão creu em Deus. "Quem crê no Filho tem a vida eterna" (João 3: 36).
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Não há virtude ou mérito na fé em si, mas há nas ligações da alma com Deus. A fé é realmente o dom de Deus (Efésios 2.8). A salvação está no princípio da fé em contraste com as obras da lei (Romanos 10: 9).
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A verdadeira fé, porém, se manifesta através de boas obras. Se um homem diz que tem fé, é razoável dizer-lhe: "Mostre-me a tua fé por tuas obras” (Tiago 2: 14-26). Caso contrário, se a fé não se manifesta é descrita como 'morta', e é totalmente diferente da real, da fé atuante.
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A aceitação mental do que é afirmado, como uma mera questão de história, isso não é fé, pois, um homem natural pode crer em coisas tais como aquelas que "também os demônios creem e tremem", mas a verdadeira fé dá alegria e paz.

Há também o poder e ação da fé no andar do cristão: "andamos por fé, não pelo que vemos" (2 Coríntios. 5: 7). Vemos tal fé exemplificada na vida dos santos do Antigo Testamento mencionados em Hebreus 11.

O Senhor muitas vezes teve que repreender Seus discípulos pela falta de fé deles no andar diário. O crente deve ter fé no Deus vivo e na ação Dele sobre todos os detalhes de sua vida cotidiana.

A fé às vezes toma o sentido de "a verdade" que foi registrada (foi escrita), na qual o cristão tem crido, para a salvação de sua alma. Por tal verdade o cristão deve batalhar, porque isto é fundamental, pois muitos falsos profetas têm saído pelo mundo e até mesmo têm estado, inadvertidamente, em associação com os santos (Judas 3).



terça-feira, 2 de agosto de 2011

A estrela da manhã (ou da alva) II Pedro 1. 16 - 21

O apóstolo faz alusão à confirmação da palavra profética (com respeito ao reino do Messias no Velho Testamento) recebida da visão no monte santo onde ocorreu a transfiguração do Senhor e apareceram Moisés e Elias que falavam com Ele e estavam presentes Pedro, João e Tiago (Mateus 17, Marcos 9, Lucas 9). Logo, ele diz que os santos, aos quais ele se dirige, fizeram bem em atentar para aquela palavra, como uma candeia que alumia em lugar escuro. Entretanto, ele confidencia que há uma luz mais forte (superior) para a candeia profética, preciosa, tal como a do sol, que excede em brilho a tudo o que tem luz. Além disso, e ainda mais oportuno, que essa luz é auxílio no meio da escuridão. A verdadeira força do texto é, “até que o dia clareie e a estrela da manhã nasça em vossos corações”. Não se faz aqui referência ao dia, ou à época da aparição do Senhor em poder e glória no mundo.

O texto não fala daquilo que vai surpreender e encher a terra de benção depois do julgamento, mas sua finalidade é de encher o coração dos santos com a esperança celestial. A profecia é excelente em seu devido lugar: adverte das más obras, do juízo vindouro e do triunfo final de tudo o que pertence a Deus. A esperança celestial é ainda melhor, o pleno brilho que o apóstolo desejava despertar neles. É notável que a única estrela da manhã da qual a palavra profética tinha falado antes do tempo de Pedro, não falava sobre Cristo, mas sim sobre o Anticristo, tipificado pelo rei da Babilônia em Isaias 14.12.

E em Apocalipse o Senhor é chamado “a estrela da manhã”, não nos detalhes das visões proféticas, mas mencionado em uma das cartas às sete igrejas e nas palavras finais no encerramento do livro. Isto fala de Cristo como o próprio objeto de nossa esperança e desejo ardente, independentes desses eventos terrestres, passados ou futuros, com os quais a profecia se ocupa e que são importantes em seus devidos lugares. Tal candeia é realmente boa, cultivemos nós a melhor luz, a qual Deus pode dar para nosso coração - esperar Cristo como nosso Noivo.

O significado do versículo 20 é que nenhuma profecia da Escritura tem sua própria interpretação, isto é, ‘não é explicada por seu próprio significado’, isoladamente, como uma declaração humana. Deve ser entendida pelo e de acordo com o Espírito que a proferiu. A “profecia” é ‘o sentido da profecia’, o objeto apontado por ela. Ora, profecia não é um ‘ajuntado’ feito por qualquer interpretação humana de uma passagem isolada, que tenha seu próprio significado e sua própria solução, como se um homem a proferisse; porque “qualquer profecia” é uma parte dos pensamentos de Deus, proferida por homens santos que foram movidos pelo Espírito Santo para proferi-la. Na “profecia da Escritura” (vs.20) o apóstolo tem em mente a coisa profetizada, sem perder a ideia do texto.

Cristo é o objeto do Espírito Santo na profecia, tal como era Ele o objeto do Pai no monte da transfiguração. Ao isolar de Cristo qualquer parte da “profecia” perde-se o real entendimento de seu propósito.

“...porque o testemunho de Jesus é o espírito da profecia” (Apocalipse 19.10), vemos neste versículo que “o espírito da profecia”, ou seja, o propósito, o objeto da profecia é dar testemunho de Jesus, assim que, repito, ao isolar de Cristo qualquer parte da “profecia” perde-se o real entendimento de seu propósito.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum...

A continuidade do pecado nas coisas do Senhor está sempre ligada ao ato de ver.
Um homem que é cego, e sabe que é, pode esperar que os seus olhos sejam abertos, mas que se poderá fazer por aquele que pensa ver quando realmente não vê?
“Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum, mas porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado.” João 9.41
Nessa passagem do Evangelho de João, o Senhor está falando não com os pagãos, mas com aqueles que eram os conhecedores das Escrituras na época.
A eles o Senhor também disse: “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo não quereis vir a mim para terdes vida.” João 5.39,40
Tinham conhecimento, mas não tinham vida. Não se submeteram às Escrituras, porque elas apontavam para Jesus como o Messias. Porém, não era o que eles queriam.
No versículo 43 o Senhor continua dizendo: “Eu vim em nome de meu Pai e não me recebeis, se outro vier em seu próprio nome, certamente o recebereis.”
Este “outro que virá em seu próprio nome” o Senhor faz menção ao Anticristo.
Veja onde a incredulidade os levou e ainda os levará!
Quão sério foi não terem dado ouvidos às Escrituras!
Hoje acontece o mesmo no triste e lamentável estado da profissão cristã. Crentes, que têm em suas mãos as Sagradas Escrituras se estribam em seus próprios entendimentos, confiando em suas tradições religiosas, etc., ao invés de atentarem para as Escrituras tal como ela é – a Palavra de Deus.
Que o Senhor nos dê um coração submisso às Escrituras e a Ele.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Para ser salva deve a mulher dar à luz filhos? 1ª.Timóteo 2.15

Para melhor esclarecimento favor ler na Bíblia o texto em 1ª.Timóteo 2.8-15
O apóstolo Paulo está mostrando a ordem que Deus estabeleceu para o homem e para a mulher antes e depois de terem caído em desobediência.
O contexto não está sendo direcionado ao ‘marido’ e à ‘esposa’ como algumas versões bíblicas indicam e sim ao ‘homem (varão) e à mulher (varoa).
O versículo 15 está dizendo que Deus não põe de lado a solene marca do divino julgamento que foi dado em Gênesis 3.16 - “E à mulher disse: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez, em meio de dores darás à luz filhos...”; esse é o assunto maior do versículo que estamos considerando em 1ª.Timóteo. É o governo de Deus nisso que permanece até os dias de hoje.
Mas Deus, em Sua misericórdia, atua intervindo de maneira providencial, trazendo socorro e consolo nesse momento pelo qual a mulher tem que passar para ser mãe.
O socorro prometido, porém, é condicionado pela permanência “na fé e amor e santificação, com bom senso”. Logicamente o apóstolo está se referindo à mulher que já é salva e que permanece no exercício dessa nova vida, pois, “a fé, amor e santificação, com bom senso” são características que pertencem a alguém que tem “nova vida”.

terça-feira, 22 de março de 2011

Nossas faltas

O Novo Testamento nos ensina que não devemos ficar ocupados com as nossas falhas, porém, não diz que é para nos esquecermos delas, pois, elas servem para nos humilhar.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Os Tempos dos Gentios

“Os Tempos dos Gentios” (Lucas 21.24) teve início no reinado de Nabucodonosor, rei da Babilônia (Daniel 2). Esse “tempo” está relacionado com o período em que os Judeus (Jerusalém) estariam debaixo do jugo dos Gentios.
A volta de Cristo para estabelecer Seu reino colocará fim a este período.
Assim que, a presente dispensação da Graça (período da Igreja na Terra) não é o mesmo que  “Os Tempos dos Gentios”.
A dispensação da Graça teve início em Atos 2 com a vinda do Espírito Santo para habitar no crente e entre os crentes (João 14.17).
O Arrebatamento (1 Tessalonicenses 4.13-18 – a Trombeta de Deus) é o que encerrará a presente dispensação.
O arrebatamento não deve ser confundido com a vinda de Cristo. Embora o Senhor venha do céu em ambas as ocasiões, o arrebatamento e a vinda de Cristo são eventos que claramente diferem um do outro. Arrebatamento é quando o Senhor vem PARA os Seus santos (João 14.2,3) - Vinda de Cristo é quando Ele vem COM os Seus santos, os quais foram levados à glória no arrebatamento (Judas 14; Zacarias 14.5).
Também, o Arrebatamento da Igreja não é o marco que dará início a última semana de Daniel, que são os sete anos que se dividem em duas partes de anos: Princípio das Dores e A Grande Tribulação.
O pacto (aliança) que haverá entre os Judeus e a Confederação Ocidental é que dará início à última semana de Daniel – Daniel 9.27
Essa confederação será o Império Romano revivido chamado “a Besta” (Daniel 2:40-45, 7:7-27, Apocalipse 13:1-3). Será formada por dez nações da Europa Ocidental (Itália, Grã-Bretanha, França, Espanha e outras, e talvez até alguma da América do Norte). Esses países são nominalmente cristãos (isto é, apenas no nome). Eles aparentemente abraçaram o cristianismo e foram, até certo ponto, participantes de sua luz e privilégios, mas não têm fé em Jesus Cristo. Esse grupo de nações também pode ser chamado de Babilônia (política).
E, a invasão do Rei do Norte e sua Confederação Árabe (Daniel 11.40, Ezequiel 30.1-8) encerrarão “a Grande Tribulação”, que os últimos  anos.
Essa confederação será formada pela Turquia, nação de onde provavelmente sairá o líder dessa confederação e por nações árabes – ao norte e leste de Israel (Síria, Iraque, Líbano, Jordânia, Arábia e outros) serão povos muçulmanos.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O "Arrebatamento" e a "Vinda de Cristo"

É de extrema importância entender a distinção que existe nas Escrituras entre o arrebatamento e a vinda de Cristo.
O arrebatamento não deve ser confundido com a vinda de Cristo.
Embora o Senhor venha do céu em ambas as ocasiões, o arrebatamento e a vinda de Cristo são eventos que claramente diferem um do outro.
Arrebatamento é quando o Senhor vem PARA os Seus santos (Jo 14.2,3) - Vinda de Cristo é quando Ele vem COM os Seus santos (que foram levados à glória no arrebatamento) Jd 14; Zc 14.5.
O arrebatamento pode acontecer a qualquer momento - a vinda de Cristo não acontecerá até cerca de 7 anos após o arrebatamento.
O arrebatamento o Senhor vem secretamente, num piscar de olhos (1 Co 15.52) - em Sua vinda Ele vem publicamente e todo olho O verá (Ap 1.7).
No arrebatamento Ele vem para libertar a Igreja (1 Ts 1.10) - em Sua vinda Ele vem para libertar Israel (Sl 6.1-4).
No arrebatamento Ele vem nos ares para a Sua Igreja, pois é o Seu povo celestial (1 Ts 4.15-18) - em Sua vinda Ele volta à Terra (no local chamado Monte das Oliveiras) para Israel que é o Seu povo terrenal (Zc 14.4,5).
No arrebatamento é o próprio Senhor Quem reúne os Seus santos (1 Ts 4.15-18; 2 Ts 2.1) - em Sua vinda Ele envia os Seus anjos para reunir os eleitos de Israel (Mt 24.30,31).
No arrebatamento Ele leva os crentes para fora deste mundo, deixando para trás os ímpios (Jo 14.2,3) - em Sua vinda os ímpios são tirados do mundo para julgamento e os crentes (aqueles que tiverem se convertido por meio do evangelho do Reino que será pregado durante a tribulação) são deixados para desfrutar de bênçãos na Terra (Mt 13.41-43; 25.41).
No arrebatamento Ele vem para libertar os Seus santos (a Igreja) da ira vindoura (1 Ts 1.10) - em Sua vinda Ele vem para derramar a Sua ira (Ap 19.15).
No arrebatamento Ele vem como o Noivo, para receber Sua noiva, a Igreja (Mt 25.6,10) - em Sua vinda Ele vem como o Filho do Homem em juízo sobre aqueles que O rejeitaram (Mt 24.27, 28).
No arrebatamento Ele vem como a "Estrela da Manhã" que desponta pouco antes de raiar o dia (Ap 22.16) - em Sua vinda Ele vem como o "Sol de Justiça", que é o próprio raiar do dia (Ml 4.2).
No arrebatamento Ele vem sem quaisquer sinais, pois o cristão anda por fé e não por vista (2 Co 5.7) - já a Sua vinda será cercada de sinais pois os judeus pedem sinais (Lc 21.11,25-27; 1 Co 1.22).
Nas Escrituras NUNCA é feita referência ao arrebatamento como um "ladrão de noite". Este termo refere-se à vinda do Senhor (1 Ts 5.2; 2 Pd 3.10; Mt 24.43; Ap 16.15; 3.3).
Em um certo sentido há três vindas. Sua vinda PARA o que era Seu (Primeira Vinda Jo 1.10,11; Hb 10.7), Sua vinda PARA os que Lhe pertencem (Arrebatamento Jo 14.2,3; 1 Ts 4.15-18), e Sua vinda COM os que Lhe pertencem (A Vinda de Cristo Jd 14).